1 de dezembro de 2011

Cap. 24 – La bella Firenze.

¥ Svetlana Olen ¥ 

Uma noite sonhei com Bruno caminhando na floresta sombria do lado oposto ao meu. Era muito difícil de reconhecê-lo, mas tinha a certeza devido o cheiro que chegava até a mim. Ele parecia perdido e machucado e se distanciando cada vez mais.



Pouco a pouco aquele vazio que Bruno havia deixado foi sendo preenchido pela preocupação de não encontrar ninguém pela qual estava destinada. 

Havia naquele momento algo muito maior. Eu estava fracassando com a minha missão! Era algo quase impossível! Afinal, como reconhecer alguém que seja como eu, sem ter sido apresentada? Sra. Ausra me informou que saberia no mesmo instante que os vissem, mas acho que minha percepção estava em crise.

Na minha cidade era tão mais simples! Conhecia a todos logo depois de ter despertado. Aqui já fará um mês na próxima semana sem contato nenhum, muito menos magia para poder passar como uma mulher qualquer. 



Também pudera, esta cidade é muito maior do que a de aonde eu vim. Há muitas obras primas expostas a céu aberto, palácios na cidade, além das cores ocres e amareladas. As pessoas são muito mais barulhentas e bem mais atenciosas a minha aparência. 

Até meu pai percebeu e fica bem feliz da possibilidade de me arranjar um marido crescer! De vez enquando, fazia jantares com um punhado de velhos para apreciarem minha beleza. Que coisa mais insensata! Aquelas noites uma hora ou outra tinham que bastar! Tive até pesadelos de estar sentada em uma cadeira e estar rodeada por homens sem mais energias que me pudessem satisfazer! Medo de que aquilo fosse um de meus sonhos que pudessem virar realidade!



Florença tinha rio, casas e edificações majestosas, mas devo confessar que o que mais me apetecia era aquela floresta do outro lado. Bruno dizia para tomar cuidado com aquilo que não se conhecia, mas isso era o que mais me intrigava!

Quem sabe aquele lugar não iria me servir para algo?

A inquisição se fazia presente ainda na cidade e era muito comum ter queima de pessoas inocentes ditas “bruxas”. “Coitadas”, pensava! Não sabem o que dizem... Deveria ser amigável e dócil com todos para não comprar briga com os vizinhos! Na maioria das vezes eram estes que denunciavam só porque um fazia mais barulho do que o normal, ou porque havia inveja de algo.



Florença é uma cidade encantadora sem dúvidas, com apresentações de danças e teatros a céu aberto. Mas já estava ficando farta de nada acontecer.

“Há de haver uma taverna por aqui...” Pensei...
   
   

3 comentários:

Hugo Marcelo disse...

E Svetlana conhece Florença.
Bacana as imagens!

Hugo Marcelo

dklautau disse...

D. Numa, chegamos ao jogo narrado! Agora sim.

O contraste inquisição e teatro mambembe é impactante na renascença mesmo. Deve ter alguma exposição desse contasrte na aruitetura. Talvez palácio impavidos cheios de detalhes sofisticados.

vamos ver no que a narraçãode Svetlana vi dar.

Camila Numa disse...

;)